sexta-feira, 26 de junho de 2009

Rodopiem, borboletas!

Rodopiem, borboletas. Por favor, rodopiem. Façam firulas, façam festa, façam cócegas em lóbulos de orelhas. Eu, do lado de cá, vou ficando um pouquinho menos triste. Prometo. Mas peço que continuem seus giros e que planem lívidas, esvoaçando cabelos. Invadam minhas casas e lugares por frestas de portas e janelas. Por favor, não se deixem vagar ao vento, sem rumo, sem destino; se isso acontecer, que seja por pouco tempo e que lhe seja pro bem. Só preciso que continuem seus giros, rodopios e balés. Eu, de minha parte, assim, sorrio um pouquinho além. Não se sintam esquecidas se eu não as endireitar mais. Parece-me improvável esquecê-las, ainda, a partir daqui. Então, mesmo sem tocá-las, estarei olhando vocês. Se não olhando, pensando. E quando eu pensar, vocês estarão planando, rodopiando, girando. E isso, pelo menos por instantes, trocará em mim um pouco de tristeza por alguns sorrisos. E é por isso que eu peço: nos ares, em gavetas ou nos lóbulos das orelhas, rodopiem, borboletas. Por favor, rodopiem.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

À menina babaca

Você é uma menina muito babaca...
Fica sorrindo antes de me abraçar...
Fica abraçando o vento,
como se eu não estivesse aqui...

Sorri feito moleca,
e assanha o cabelo no vento...

E olha para mim, com sorriso nos olhos...
Mas, ainda, não me abraça...
E você quer tanto quanto eu...
Então, você é menina babaca...
Porque não me abraça a toda hora...
Porque fica longe de mim...
Porque não me abraça, agora...
Porque me ama do jeito que é seu,
e não sabe me explicar...
Menina babaca, do meu abraço...
Abraça agora...
Abraça...

terça-feira, 16 de junho de 2009

"Cadê você, Cadu?"

.....À pergunta de uma amiga, hoje, na facul - "Cadê você, Cadu? Eu nunca mais lhe vi." - eu só consegui resmungar um "Eu tô me procurando. Vou me encontrar". Caraca, velho! Eu tô ali na faculdade todos os dias. Então, cadê o Cadu que tirava onda, que mobilizava a galera para sair, que tinha umas tiradas engraçadas no meio da conversa e outras nada a ver? Po***, cadê o Cadu que tomava a iniciativa de colocar em prática as boas ideias que tinha? Agora, parece que só resta o Cadu calado, quieto num canto da sala. E, honestamente, eu não curto muito esse morgadão. Mas, são as sequelas (agora, de vez, sem trema) de dias desleais. Então, alguns Cadus vão continuar coexistindo por uns tempos, até que eu consiga sanar qualquer marca das horas ruins.
.....Bom, em algumas postagens, já mencionei esse meu atual estado de apatia. E não consegui dizer quase nada, porque não sei, mesmo, o que e como dizer. Sem contar o sem-número de vezes em que sentei na frente do computador, tentei falar de uma minha inconstância, e não consegui. Então, não vou tentar mais desta vez. O fato é que estou indo para casa em três dias e ficarei por lá durante uma semana. Estar perto das minhas raízes talvez me ice desse calabouço existencial. Espero voltar renovado de lá.
.....Não. E o pior é que, vindo da faculdade, fui dar uma olhada nuns livros - na esperança de encontrar um bom título com que presentar PAPAI - e me deparei com "Quem me roubou de mim?", de (Pe) Fábio de Melo. Putz! Devo ler esse livro? Será que ele me daria as pistas de onde foi parar o Cadu sobre quem minha amiga perguntou hoje? Não está sendo nada legal ser aquela amebinha no canto da sala. E eu já nem quero saber por que fiquei assim. Quero é deixar de estar. E poder mostrar pra minha amiga o Cadu de (quase) sempre. Que assim seja. E que seja logo. Os dias estão acizentados, mas, como diz MAMÃE, "de hora em hora a coisa melhora". DEUS te ouça, MAMÃE... DEUS te ouça...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Lacuna

Esquece os tantos beijos
e cada um dos abraços...


.....Um vazio aconchegante demais – foi nisso que se transformou o teu abraço.
.....As mãos que antes liam quase todo o meu corpo, agora, emudeceram a leitura e me deixam lacunado, sem saber o que há.
.....O meu corpo pesando sobre o chão não parece mais coerente se o abraço se desfez, mesmo com os corpos juntos...
.....E saber que o sol volta amanhã ou que cada vento que levou a chuva a traz de novo, não me faz conseguir sorrir. Hoje, essas verdades não me adiantam, não me são suficientes.

Escrito em 13.abr.2004 (terça)

6 dias antes do nada.


domingo, 14 de junho de 2009

Mais um domigo triste


.....Assim já é demais. 5 a 0 pro ex-lanterna do Brasileirão é um exagero. Nosso FLAMENGO parece estar-se especializando em ressuscitar os mortos. Não bastasse o vexame do domingo passado, quando perdemos pro Sport, tomando 4 gols em 9 (ou 8?) minutos, agora tomamos do Coritiba essa mão espalmada na cara. Apanhar de sacos-de-pancada é f***! Mas, saiamos do crime. Vamos aos criminosos.
.....Antes do jogo, todos sabíamos que vencer de 1 a 0 seria goleada. Não por termos um time mediano, sem qualidade técnica, sem brio, ou por nos considerarmos no mesmo nível do Coritiba. Vitória por 1 a 0 seria goleada porque é assim no Brasileirão, e porque a coisa não anda, mesmo, boa pro nosso lado. E Bruno parecia concordar com a torcida, ao dizer que o que o MENGO tinha que fazer era 1 a 0 logo e vencer o jogo. Como, cara pálida? Como, se "o melhor goleiro do Brasil" falha horrivelmente em 3 gols? E ainda vem com lero-lero de que "podem colocar na minha conta". É bom que ele entenda que o seu crédito está acabando.
.....Éverton Silva: ainda o prefiro a Léo Moura. Mas, hoje não fez quase nada. Apoiou relativamente bem e levou a bola à linha de fundo, algo que nos falta há tempos. Mas, esqueceu de defender, de marcar.
.....Pela esquerda, Juan parece ter desaprendido como se joga futebol. Vez ou outra, coloca uma bola na frente, enganando a marcação, sofre falta, e pronto. E ainda continua tomando cartões bestas. Está na hora de pagar uma multa a cada cartão tomado por infantilidade, sem benefício nenhum pro time.
.....Nossa defesa... Ah, nossa defesa!... Wellington consegue ser verde e podre ao mesmo tempo. Que gol infantil. Uma bola que poderia facilmente ser explodida pra linha de fundo. Que droga!!! Quanto a Airton, bom zagueiro! Precisa criar juízo e parar de pisar nos outros. Espero que tome um gancho, mesmo que fiquemos ainda mais sem opções pra zaga. Merece um castigo. Agora, o que mais me doi e entristece é termos perdido um de nossos principais jogadores: Angelim. Cadê o nosso nordestino, cabra macho, que arrostava os ataques adversários e tranquilizava nossa defesa? Parou de jogar. Nossa defesa está perdida. E não é falta do Capitão. Não são (apenas) as ausências de Willians e Kléberson (mais à frente). Falta pulso, comando. Falta entrega.
.....No meio, Toró se dedicou. Não é nenhuma maravilha, mas tá esforçado. Ibson buscou o jogo, mas está muito sobrecarregado sem Kléberson por ali. É um dos poucos que isento de culpa e continuo qurendo que permaneça no time. Se jogar mais uma com o MANTO, não pode mais defender outro time no Brasileirão. Por mim, titularíssimo contra o Inter. E Éverton é muito fraco. Sem mais.
.....E esse ataque... Josiel como titular não dá. Vez ou outra, sim. Mas, é muito sem noção - incapaz de dominar uma bola. E começar o jogo ao lado de Adriano foi brincadeira de mal gosto de Cuca; dois jogadores com a mesma função lado a lado. Adriano foi outro que não fez o que esperávamos; e fez o que não esperávamos. Faltou a mais um dia de treino, desconversou, perdeu bolas fáceis, foi desarmado demais e não deu sequer um chute a gol, a não ser nas duas cobranças de faltas. Ao menos, parecia ligado no jogo e reclamando, orientando e cobrando, no 1º tempo. Mas isso é pouco.
.....Fierro e Aleílson, eu isento de comentários mais ferrenhos. Apenas digo que preferi Fierro a Éverton e que ainda precisamos ver mais Aleíson em ação; hoje, só pareceu esforçado.
.....Bom, já se sabe que Cuca permanece no cargo. E que tenha vida longa lá. Digo isso porque imagino que só vá acontecer uma permanência duradoura caso ele consiga os resultados que queremos e que condizem com a grandeza do FLAMENGO. Caso contrário, ele pega o beco rapidinho. Podia já ter saído hoje, mas, francamente, eu preferi que tenha ficado. Não teria resolvido nada a sua demissão. Mas, claro, mesmo não sendo culpado sozinho por essas mazelas todas, se não der um jeito nesse time logo, tem que vazar, mesmo.
.....Se continuar assim, a coisa vai ficar ainda mais feia. Quero saber logo onde o FLAMENGO vai brigar nesse Brasileirão. Se lá em cima ou lá embaixo. Que voltem logo Kléberson (não pensei que fosse dizer isso) e Willians. Quero ganhar a po*** do jogo de domingo, no Maraca. Quero meus domingos felizes de volta. Quero amar meu MENGÃO com mais sorrisos. Quero essa corja de diretoria agindo ou indo embora (sonho utópico). Quero dormir agora, e só acordar quando for para ver meu FLAMENGO ganhar, de novo...

sábado, 13 de junho de 2009

Feliz dia dos nAMORados!

Prense-se o sentimento entre as mãos;
esmigalhe-se um coração.
Mas só se for por amor,
pelo mais sublime amor.
Claro que eu sei que essa postagem deveria ter sido ontem. E teria sido, não fosse o cansaço e a preguiça que me assolaram quando cheguei em casa, entrei no quarto, e sentei à frente do computador. Isso e a sensação de que não gosto mais do dia dos namorados. Calma, eu explico...

Continuo romântico, acreditem. Ainda me considero um dos poucos românticos que conheço, muito embora eu tenha que admitir que meu romantismo sofre danos drásticos com o passar do tempo - mas esse é um outro assunto. O xis da questão é que não vejo mais o dia dos namorados como já vi anos atrás. Para mim, o famigerado dia 12 de junho não vai além de uma data comercial - ganha-se dinheiro às custas dos sentimentos dos outros. Eu sei, dito assim, parece brusco e radical demais, né? Eu sei. Vejamos, então, por um prisma mais ameno.

Se os namorados pudessem escolher um dia que os representasse, será, mesmo, que escolheriam algum? Será que isso lhes seria importante? Vejamos que me refiro a namorados como sendo as pessoas que se amam e, por isso, estão juntas num relacionamento afetivo. Penso que não escolheriam uma data específica. Ama-se todos os dias, quer-se a toda hora. Então, celebre-se o amor, o querer, a todo instante. Que não se vincule isso a data, a convenções, a troca de presentes. O comércio, o capitalismo, escolheu o 12 de junho para vender. É por isso que digo que vejo, hoje, o dia dos namorados com olhos diferentes dos de anos atrás - olhos, na verdade, céticos. Por esse aspecto; e só por esse.

Mudando um pouco o rumo da postagem, mas ainda falando sobre namorados, foi corriqueiro ouvir, durante essa semana, comentários sobre como seria essa sexta-feira. E o que diziam os solteiros era bem peculiar: ficar em casa, vendo um bom filme, curtindo uma fossa; organizar uma festinha para comemorar a solteirice; sair para curtir a liberdade; abraçar um outro solteiro para ver se rola (risos); e, a emblemática, "no dia dos namorados, solteiro tudo bem, mas sozinho nunca!". Mas, num consenso de pensamentos, parece que a tônica é de que, no dia (leia-se noite) dos namorados, todos os gatos e gatas são pardos. A solteirada sai para detonar.

Bom, para mim, namoro (que, numa mexida nas letras, pode ser "no amor") tem que estar diretamente ligado a amor. No mínimo, a um sentimento de carinho extremo, boa dose de atração e uma afinidade suficiente para se querer estar o tempo todo ao lado de determinada criatura. E é por isso que me entristece ver o dia dos namorados tão comercial. Ser/ter namorado ou namorada, ainda envolve querer tornar todos os dias especiais - e não só o 12 de junho; há que se querer e fazer isso todos os dias. O presente que sente-se vontade de dar tem que ser hoje, tem que ser logo, tem que ser. O tempo que se arruma para sair junto, jantar no restaurante especial, usar o perfume que ela gosta, vestir a roupa que deixa ele com um sorriso besta (...), nada disso tem que esperar por um dia específico no ano. Não sejamos mais românticos só no dia dos namorados. Ou, então, consideremos que sempre é 12 de junho. Amemos sempre. E de-cum-força!

Claro, quem sabe de certo episódio na minha vida amorosa pode atribuir esse meu carranquismo a um certo trauma que adquiri, exatamente, no célebre dia 12. Bom, entendo os que, talvez, pensem assim. E, pros que não sabem do episódio, só vou dizer que há uns anos, quando fazia pouco tempo desde o fim do meu namoro, minha namorada (então ex-namorada) me ligou, no dia dos namorados, me chamando para sair. Pensei que seria a volta. Comecei o dia 13 chorando, e sem entender como tudo podia ter-se acabado. E já nem vale tentar saber como aconteceu. Ou quem cometeu o erro, e onde cometeu. Simplesmente aconteceu; e já era. Mas, refuto a ideia de que uma coisa tem a ver com a outra. Foi um trauma, sim, mas isso nada tem a ver com minha menor simpatia, hoje em dia, com o nhén-nhén-nhén do 12 de junho.

Bom, acho que já falei demais sobre um tema em que não "acredito" mais (sorriso). Mas, ainda valem os comentários que seguem. Não tenho namorada; tô solteiro, mas não tô sozinho. E tô bem assim. Aquilo em que não "acredito" é o link direto estabelecido entre namoro e finanças. Acredito, sim, no namoro. Mais ainda no amor. E quero deixar dito os meus desejos de que minhas ex-namoradas tenham tido bons dias dos namorados ontem. E que os tenham sempre. Felizes dias em cada época. Grandes amores a cada estação. E que nossos sentimentos tenham cada vez mais fortes os laços com o que, de fato, importa, e menos ligação com o monetário-financeiro. Dias sempre bons, aos namorados, aos solteiros, aos sozinhos. Felizes dias às minhas quases, ex e futuras namoradas. Vida longa aos namoros de verdade. Viva a despretensão. Abençoe-se o amor.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Vou me acostumando...

É a imprevisibilidade do minuto seguinte que dá esse teor inefável à vida. Não havia sobre o que postar hoje. E eu não ia escrever sobre o fato de não ter nada para escrever. O dia vinha sendo cotidiano demais até o fim da noite. Até que, deixando uma amiga em frente ao prédio onde ela mora, ouvi de sua boca: "Eu já me acostumando sem você". E eu respondi: "Que bom!". Putz, como o nosso poder de se acostumar é fantástico.

Já ouvi dizer que a capacidade humana de amar é infinda. Pode ser. Mas, se há outra capacidade que se assemelha a essa, é a de se acostumar com as coisas. Acostuma-se muito fácil, mesmo que pareça difícil. Acostuma-se a estudar sem os velhos amigos de escola e acostuma-se com uma nova turma, mesmo que parecesse impossível se imaginar sem aquela primeira. Acostuma-se à nova vida que se passa a levar depois de um fim de namoro - demora-se, mas acostuma-se. Acostuma-se com a nova casa, os novos vizinhos, o novo bairro, depois que nos mudamos. Acostuma-se num novo emprego, com novos colegas de trabalho, novo patrão e até com novo salário, mesmo que menor. O nosso poder em acostumar-se é inacabável. Vai-se longe no acostumar-se. Claro, generalizo. Mas, posso especificar, me individualizar.

Eu me acostumei a jogar futsal, mesmo já tão adaptado a só jogar em campinhos de areia. Acostumei-me a comer verduras e até passei a gostar de muitas delas. Acostumei-me a sentir saudades. Perdi minha primeira namorada, e me acostumei a viver assim, mesmo tendo passado alguns meses morrendo. Acostumei-me à distância que mantive do meu primeiro amor, e agora, por mais cedo que seja, parece sempre muito tarde para qualquer atitude. Acho que já me acostumei a não me apaixonar mais. E quase já me acostumei a cansar rápido demais.

É assim a gasta caracerística humana de se acostumar. Somos adaptáveis. Somos, (in)felizmente, adaptáveis ao extremo. Sem medo, digo, inclusive, que nos acostumamos até com a morte - essa brincadeira sem graça da vida. Sim. Morre-se e acostuma-se. Vem o baque, o choro, a sensação de que o mundo termina ali; mas a vida segue, o semblante reage, os sóis continuam vindo e, quando se dá por si, já está-se acostumado. Não dá para dizer que não nos acostumamos. Será que há algo com que não nos acostumamos? É fato: acostuma-se.

Mas, do que fica, depois que penso em tudo isso, o que mais lateja, agora, em minha mente, é se é mesmo bom que minha amiga esteja se acostumando a ficar sem mim... Eu, honestamente, já nem sei mais. E, de uma forma ou de outra, vou me acostumando a me acostumar...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mudança de hábitos (?)

.....Quando a tristeza é quem dita o ritmo, é preciso fazer alguma coisa. E quando não se sabe o que fazer, nessas circunstâncias, que faça-se o que quer que seja. E eu ainda estou triste. Mas, ao menos hoje, disposto a agir. É a tal injetada de ânimo que uma ida à praia, num fim de tarde, nos dá. Só me falta saber como agir.
.....Bom, o fato é que, já que me enquadro na situação de a tristeza ditar o ritmo e de eu não saber o que fazer, vou fazer qualquer coisa. Preciso mudar de ares. Mas vou começar mudando os hábitos. Eu, que já quase não usava boné, vou deixar os meus guardados; agora, vez ou outra, domo minha cabeleira com uma bandana preta que um amigo deixou antes de ir embora para Brasília. Vou mudar os móveis do quarto de lugar: cama na frente da janela, para acordar com o sol na cara; escrivaninha com computador no recuo da parede; e cacarecos num canto. Enfim, vou reativar minha bike e voltar a pedalar - pra faculdade, pra praia, pra Pasárgada. Agora, visto mais camisas em casa e uso menos minha mochila pelas ruas. Vou organizar meus arquivos no HD, em CDs, DVDs. Vou desbagunçar meus desacertos. Preciso me reestabelecer.
.....Há mais atitudes previstas: ver os filmes que ainda não vi, mas sempre quis; ler os livros que tenho e ainda não li; ir ao zoológico, à Nova Acrópole (vai, Eduardo, vai). E há fato inusitado: entreguei, hoje, em branco, minha prova de Teoria da Comunicação. Eu me permiti fazer uma merda. Mas, hesitei demais antes de fazer isso. E como eu tenho hesitado, meu DEUS! Mas, fiz. Fugi às (minhas) regras, dei o mau exemplo, decepcionei, mas vou me recuperar.
.....E vou ocupar a mente também, o tempo e os espaços. Vou ler, estudar, seja o que for. Vou me ocupar: lavando roupa, limpando o banheiro, varrendo o apartamento, passando o pano no chão. Não só por querer, mas por precisar.
.....Vou ouvir as músicas de sempre, mas abrir os ouvidos a novas possibilidades. Vou deletar do meu computador o que não vejo e não ouço mais - só para começar a me sentir mais leve a partir daqui. E, enfim, vou continuar seguindo em frente. Posso até reduzir a marcha, mas parar eu não paro. Não ainda. Por enquanto, são apenas mudanças de hábitos.


domingo, 7 de junho de 2009

9 minutos...

.....É (, amigos). Junte-se todas a mazelas. Cubram-me com elas. Parecia que as coisas não poderiam ficar mais sombrias para mim, depois do que postei ontem. Aliás, melhor dizendo, parecia que eu não podia ficar mais triste do que estava ontem. Mas, eis que, na minha primeira vez na arquibancada, num jogo do MENGÃO, tomamos um sacode. 4 a 2. E do Sport. Bom, isso não é (ainda) uma reclamação com a vida. Eu já dei graças um sem-número de vezes por ter podido, enfim, ver meu FLAMENGO de perto. E como foi bom! Mas, francamente, eu não merecia um resultado desses na minha estreia. Não, mesmo!
.....De início, eu e mais 4 amigos enfrentamos toda a tensão de andar 15 minutos a pé até o estádio, rodeado de torcedores do Sport. Eles parecem adivinhar que somos nordestinos-FLAMENGUISTAS - e nos execram por isso -, mas, entre ameaças e xingamentos, conseguimos chegar ilesos fisicamente à Ilha. Experiência fantástica estar entre milhares de RUBRO-NEGROS como eu, gritando pelo MENGO. Não deu para conter as lágrimas, quando me percebi ali, a alguns metros do time entrando em campo, e sendo o portador das milhões de vozes que empurram o time mundo afora...
.....O jogo começou eletrizante e, aos 9 minutos, já vencíamos por 2 a 0, gols de Emerson que, diga-se de passagem, foi talvez o único do nosso time que jogou bem. Parecia o prenúncio da glória anunciada. Mas, o que se seguiu a esse instante mágico de bom futebol foram outros 9 minutos (até tu, brutus?) foram os instantes mais inertes que já vi assolarem meu time. Tomamos 4 gols em falhas bisonhas da defesa, do goleiro; falhas individuais, coletivas. Tomamos a virada. Perdemos ali, ainda quando tomamos o 1º gol. Já parecemos batidos. O resto do jogo foi só o resto do jogo...
.....Bom, sobre o jogo e a situação do MENGO, eu nem sei o que dizer, ao certo. Poderíamos ter terminado a rodada em 3º, mas caímos para 11º. Agora, é juntar os cacos e, como se deve fazer até nas situações mais simples, tentar não repetir os mesmos erros. Vamos em frente, MENGÃO. Quero estar por perto. E vou estar com olhos, ouvindo e garganta sempre a postos.
.....Eu tinha prometido a uma amiga que, mesmo que perdêssemos, eu chegaria na faculdade, nessa segunda, feliz, por ter visto o MENGO de perto pela primeira vez. Mas, desculpem-me os que esperavam por isso, eu não consigo estar feliz. Se eu já estava triste antes, por favor, agora, tentem não me cobrar risos...

sábado, 6 de junho de 2009

...


"Tem horas que bate uma tristeza tão grande,
que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir.
(...) Então choro, sem ninguém ver." (FJ)

.....Confesso que não sei como, às vezes, meu apartamento consegue ficar tão grande.
.....Há dias venho passando por uma turbulência em minha vida. Não sei o que quero. Não quero o que sinto. Não sinto o que penso. Não penso direito.
.....Passei ileso por uma semana de provas de Português, Teoria da Literatura, Cultura Brasileira,
Teoria da Comunicação e PERO para estudar, 80 provas de Teoria da Poesia para corrigir. Sobrevivi a uma oficina de audiovisual, que não supriu a minha necessidade de aprender algo novo. Mas, a semana seguiu e a tristeza me abraçava, cada vez, com mais força. Até que não pude mais resistir sozinho. E pedi socorro. E seria sobre isso a postagem de hoje. Mas, agora, isso é tudo sobre o que não quero falar. Basta-me a tristeza de antes.
.....Hoje o meu time perdeu três partidas e venceu apenas uma. Fiz um mísero gol. Ficamos em último lugar no campeonato. Que droga! Junte-se tudo e espalhe-se ao redor de mim. Que droga! Repetidamente, que droga!
.....Agora, Legião Urbana embala o som do quarto, e minha vontade é só dormir e demorar um tempão para acordar. Por que eu fui inventar de tirar as cascas? As malditas cascas!...
.....Para fugir do que não quero mais postar aqui - não hoje -, comecei a vagar pelo apartamento. E como ele conseguiu ficar tão grande? Tudo tá espaçoso demais. Tudo passa uma solidão esmagadora demais. As coisas estão distantes. E eu tô vago, tô disperso. Eu tô pequeno demais!!! E o pior é que, andando pelo apartamento, acabei chegando à cozinha e vendo que ainda tem sorvete de cajá na geladeira.
.....O fato é que não quero mais postar nesse blog. Não acredito mais no meu amigo que disse que escrever alivia. Não alivia nada! Não tô mais leve, agora. Eu tô, na verdade, muito triste. Vou ver meu MENGÃO, amanhã, pela primeira vez, num estádio, e nem isso atenua essa tristeza.
.....Acho que vou deitar e me enrolar no lençol - menos espaço, mais apertado. Porque, francamente, esse apartamento tá grande demais para mim sozinho comigo mesmo...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tristeza Pueril

.....Não era triste o menino. Estava. O sorriso de outrora, em dias de chuva ou sol, se dissipara. Mas ninguém entendia por que ou como acontecera. E a pergunta mais recorrente era: "Seria justo?". O pior é que, além de ninguém entender aquela tristeza corrosiva que escorria pelo rosto do menino, ele próprio não entendia. Sentia, mas não entendia.
.....De quando em vez, gostava de se deixar ficar sentado debaixo duma árvore, olhando pro nada - um nada quase palpável. Certa feita, numa dessas contemplações ao nada, deu-se a queda duma folha - leve, lenta, suave. E, sem que se imagine como, o menino pareceu assimilar sua tristeza. Assimilá-la e entendê-la. E, então, a supôs maior e mais impiedosa do que todos julgavam. As folhas estavam caindo. Todas. Aos poucos. Já era outono.
.....Agora já era fim de tarde. O sol já era engolido pelo horizonte vermelho. O cenário ainda mostrava a árvore, e, a essa altura, várias folhas caíam. O ambiente não se mostrava triste. Era bonito. O menino não estava mais lá. Nem a tristeza.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O olhar desgastado e o sorriso de praxe

A sua pureza é quase irrefutável.
E eu não resisto.
No seu jeito sutil de ser tão imprescindível,
eu apoiei a minha já gasta esperança pueril.

Sorria pro mundo, por favor,
pelo menos mais uma vez.
E quando já não quiser falar nada,
silencie o que não souber pensar e nem sentir.
Eu estarei por perto, do lado.
E minhas mãos estarão vazias.
Então não se preocupe com os seus medos -
você já sabe onde depositá-los.

Fecha o tempo e eu abro os braços.