sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sobre câmeras fotográficas...

Eu, a partir de hoje, e por um tempo que se desenha longo, quero distância de câmeras fotográficas. Mas, não posso me dar ao luxo de forçar esse distanciamento. Nesse fim de semana, preciso fazer as fotos que me darão uma das três notas em fotojornalismo. E eu ainda nem escolhi a droga do tema. Alguém, por favor, me dê uma sugestão - e que seja boa! Bom, mas o fato é que, fotografando ou não nesse fim de semana, eu quero distância de câmeras fotográficas... Fico mais em paz longe delas...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

2ª da série "diálogos curtos":

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Em meio a maquiagens, fotos e narizes de palhaço, ela perguntou:
- Por que tu com os olhos tão tristes?
E eu:
- , é?
E, de novo, como da vez passada, ela fez que sim com a cabeça.
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Ela tinha razão, ou era a maquiagem do meu rosto que transmitia a sensação de tristeza?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

1ª da série "diálogos curtos":

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Parafraseando Caetano, despretenciosamente, eu perguntei:

- O que eu faço para te esquecer?
E ela:
- Nada.
Eu insisti:
- Não faço nada? E se eu não fizer nada, vou te esquecer?
E ela fez que sim com a cabeça.
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Ela estava brincando? Ou será que era eu que estava levando a sério demais?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Meu amor tão longe






"Na imensidão do amanhã,
meu amor se mudou pra Lua
"
(PT)


Meu amor foi morar tão longe,
num pedaço estranho da lua,

num país de concreto e asfalto,

onde eu não posso andar descalço,

onde eu não a imagino nua.

Meu amor foi morar tão longe,

num espaço distante de mim,

num lugar onde o céu é cinza,

um lugar que me deixa ranzinza,

de onde um "não" quer dizer "sim".

Meu amor foi morar tão longe,

onde o sol se esconde mais cedo,
onde os ventos não sopram tão forte,

onde a vida é azar ou sorte,

onde ela não sente meus medos.


Meu amor foi morar tão longe,

esqueceu no passado nós dois,
nem pensa no amor que tivemos,

me abandonou sem mais nem menos,

e só pensa em viver o depois.


Meu amor foi morar tão longe,
e deixou minha vida sem graça
-
arco-íris em preto e branco,
virou tudo desencanto

e saudade na nossa praça.

Meu amor foi morar tão longe,
e deixou tudo atrás no passado.

Mas eu, meu amor, decidi:
vou comprar a passagem aqui;

vou correr pra ficar do teu lado.

Fiquei sozinho...

Porque meu amor foi morar tão longe...

domingo, 12 de julho de 2009

Os sampaulinos devem estar aliviados!

(Postagem dedicada ao meu amigo Allan)


Dessa vez o papo vai ser mais reto que de costume. E nem vai ser, precisamente, sobre o tremendo vacilo que demos no Morumbi, ao desperdiçar a chance de chutarmos um bebo na ladeira. Sobre o jogo, só quero adiantar que, diferente de alguns críticos (FLAMENGUISTAS, sampaulinos, torcedores em geral, comentaristas, "entendidos" de futebol), saio desse confronto de hoje com a sensação de perda de 2 pontos, e não de conquista de 1. Danem-se os desfalques e o mando de campo deles! Fomos superiores em campo, e com um jogador a mais desde o primeiro tempo, chega a ser inconcebível que não tenhamos voltado de Sampa com os 3 pontos e sentindo o cheirinho do G4 mais de perto. O São Paulo é grande e, dessa vez, como em outros anos, não está se fazendo de morto - ele está aos cacos; quase morto, mesmo. E não termos aproveitado isso hoje pode vir a nos custar muito caro. De repente, eles reagem, ganham uma aqui, outra acolá, e valha-me DEUS... Claro que, se analisarmos friamente apenas o resultado - com mais de meio time reserva, empate fora de casa em 2 gols, com o campeão dos últimos 3 brasileirões - pode-se considerar uma boa. Mas, o fato é que vi o jogo - todo mundo viu - e ficou claro que o MENGO deu o mole mais caro de todos até aqui nesse Brasileiro.

Destaque-se, ainda, a frescurinha de Adriano. Não comemorar gol contra os caras? Que é isso, mermão? Quem paga teu salário? Quem grita teu nome nas arquibas? Quem te revelou pro futebol? Quem acreditou em ti, quando (quase) ninguém mais acreditava? Se fosse o Angelim não querer comemorar gol contra o Fortaleza, vá lá. Mas, quem é o São Paulo na tua vida? Tudo bem que não saia aos berros, aos pulos, depois de estufar as redes deles. Mas, sequer abraçar os outros jogadores, e ainda fazer gesto de "para, que eu sou fresco e não vou comemorar". Vem mais pro lado de cá, Adriano!


No mais, ainda sobre o jogo (eu disse
que não ia comentar muito, mas não me aguento), arbitragem fraca, mas enfim, imparcial num jogo do tricolor paulista. Inclusive, dando-nos um penalti quando, antes, Adriano tinha cometido falta; e deixando de marcar um penalti claro, em Washington, no fim do jogo. Bom para o São Paulo sentir um pouco do gosto de ser roubado. Sobre nozes, time relativamente acima das expectativas, considerando a quantidade de desfalques e improvisações. Bruno, cartão besta. Éverton Silva, apoiou melhor que marcou. Wellington, fraco. Fabrício, esperança. Angelim, velho (?). Éverton, assim-assim. Willians, um monstro. Léo Moura, um pouco mais interessado que sempre. Zé Roberto, quase inoperante. Fierro, além do gol, quase nada. Adriano, referência e gol (e frescurinha). Erick Flores, firuleiro. Jorbison, na fogueira, com as pernas pesadas. Pet, cláusula contratual. Cuca, ganha essa po***, car****!!!

Bom, mas o que quero fazer valer, mesmo, nessa postagem de hoje, é um fato bambístico que aconteceu em meio ao jogo. Bem ao estilo da aclamada fama sampaulina, meu amigo de facul
dade Allan faltou com atitude de homem, ao deletar um recado que tinha me enviado pelo orkut. Ele e eu apostamos cinquentinha nos jogos entre FLAMENGO e São Paulo. No começo da partida de hoje, ele me mandou o seguinte scrap:

Note-se pelo horário do recado que, como o jogo começou às 16h e o primeiro gol do MENGÃO foi antes dos 5 minutos, quando meu amigo Allan me escreveu tremendo, o placar, provavelmente, marcava 1 a 0 pra gente. A atitude bambística do apostador tricolor tem início com o empate deles. Pouco depois do gol de Borges, aos 18 minutos, Allan me escreve, num misto de empolgação e confiança na virada, o seguinte recado: "Goooooooooooolll!!! De Booooorges!!!". O que se segue explica o porquê de esse segundo recado ter sido transcrito aqui, em vez de recortado e colado, como o primeiro. Acontece que, 3 minutos depois, aos 21, Adriano desempatou na cobrança de penalti. E meu amigo sampaulino, simplesmente, apagou o scrap que tinha me deixado. Bom, ou o recado sumiu, ou, então, mais provável, virou purpurina. Fim da história da nossa aposta: com os 2 a 2 ao fim do jogo, nenhum de nós levou os 50 reais pro bolso. Mas, como já pedi ao meu amigo Allan, ele deveria ter mantido uma postura de homem e não ter apagado o tal recado empolgado. Returno vem aí, e como é que ele vai fazer se o nosso MENGÃO não der o mole que deu hoje e faturar os 3 pontos? Afinal, nossa aposta está de pé pro próximo jogo, dia 10 de outubro. Só que Allan é o tipo de torcedor tirador de onda, e faz isso mesmo antes das partidas. Então, estejamos como estivermos no 2º turno, sei que vou ouvir algumas zoações; principalmente, se o São Paulo tiver ressurgido e já for o grande de sempre, que assusta a concorrência.

E é fato: os sampaulinos estão aliviados depois desse empate. Como já disse, pro espaço com os tantos desfalques e o mando de campo deles. Como fomos tecnicamente melhores, o lamento é nosso; eles é que suspirem aliviados. Só para ilustrar o que digo, veja-se o print de uma conversa entre mim e Allan, pelo MSN, logo depois do jogo. É fato!

Abraços! Saudações RUBRO-NEGRAS!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bem-me-quer, "mau-mau"-me-quer...

"(...) te chamar de carta fora do baralho
descartar, embaralhar você
e fazer você voltar
..."
(EH)

De hora em hora, a coisa melhora. Bom, ainda não posso dizer se esse pensamento batido de MAMÃE é inquebrantável, se vai se confirmar, de novo, dessa vez. Mas, o certo é que resolvi fazer algo contra essa minha inércia existencial, e cá estou eu, de volta ao meu blog, antes que as teias de aranha tomem conta dele. Há precisos e tenebrosos 14 dias, não posto qualquer palavra aqui e são vários os motivos. Listando apenas alguns: 1) enquanto estive na casa dos meus pais, no Ceará, eu só tinha acesso a uma internet tão lenta quanto tartaruga subindo ladeira; 2) pouca coisa realmente interessante acontecendo nos meus dias; 3) vezenquando, uma preguiça assustadora; 4) eu não queria escrever coisas ruins; e, pior de tudo, 5) eu não conseguia escrever. O fato é que uma semana em casa, perto de PAPAI, MAMÃE, irmãs, amigos, e lugares meus, me içaram, sim, do buraco que eu mesmo estava cavando. O ar já estava escasso demais dentro dele. Mas, é certo que o fôlego que tomei nessa viagem durou não mais que apenas alguns dias, e parece que eu consegui subir apenas até à beira do buraco, mas agora estou escorregando, de novo.

Bom, mas estou de volta, ao menos e por enquanto, aos meus fragmentos de cotidiano. Aqui, faço-me inteiro até onde pode ser. Até certo ponto, foi bom ver que 3 novos seguidores agora acompanham meu blog. E foi prazeroso - também até certo ponto - ouvir e ler certas pessoas me pedindo que voltasse a postar aqui. Não sei bem o que há nessas linhas que as faça gostar de ler, mas deve haver algo. Espero que isso - seja lá o que isso for - não esteja se perdendo na poeira dos dias ruins que, também espero, vão ficando para trás. Mas, voltei para postar um sem-assunto sem fim, mesmo que isso seja, de longe, o assunto sobre o qual menos sei falar. Há assuntos a serem tratados, claro. A questão é como fazê-lo, estando com um redemoinho instalado na cabeça e com o coração meio conturbado. Mas, como diriam artistas blogueiros, a postagem não pode parar.

Para começar, vale voltar à semana do São João, a que estive na casa dos meus pais. Uma semana em que fiz PAPAI chorar num abraço de feliz aniversário, em que revi amigos, dancei duas quadrilhas, improvisadas - uma delas com minha irmã, outra vestido de mulher -, fiz besteira, trabalhei (um pouco) na enxada, estive leve, fiz 6 gols em 4 rachas (...). Era a semana que eu estava precisando para aliviar um pouco a sensação claustrofóbica de paredes se fechando ao meu redor e na qual pude desfrutar da sutil leveza do peso do mundo sob meus pés. Pouco antes de zarpar para casa, naquela sexta-feira, 19, escrevi (mas não terminei) algo que seria postado aqui, mas acabou não sendo:

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EU TÔ VOLTANDO PRA CASA... OUTRA VEZ!

É isso! De volta ao lar por uma semana. Isso vai ser bom - revigorante. Daqui a 25 minutos, saio do meu apartamento para a rodoviária, rumo à casa de Seu Raimundo e Dona Socorro - o refúgio que sei que será sempre meu. E como é bom saber disso! Bom, ainda não aprontei tudo pra viagem, não comi nada, mas, apesar do sutil atraso, resolvi vir aqui postar minhas expectativas (previsões) pros próximos 8 dias. De repente, isso renderá uma futura postagem, conferindo o que acertei (sorriso). Estarei renovado na volta. Vou abraçar Karaka 759 vezes por dia, e isso irá reeditar as marcas dela que existem em mim. Vou perturbar muito Benigna, chamá-la de irresponsável - mesmo sabendo que ela não é - e ouvi-la dizer que isso não é muito auspicioso. Vou brigar com Juliana direto e reestabelecer o contato de vez em quando - é bom perturbá-la (risos). Mas, primordialmente, vou rever meus velhos. Nunca um lugar-comum foi tão verdade: a gente só dá valor quando perde. Claro, sempre dei valor aos meus pais, e ainda não os perdi. Mas, depois desse distanciamento, depois de mais de um ano morando fora, consegui perceber mais às claras o quanto os amo e o quanto é verdade que eles dariam as próprias vidas por mim ou outro dos filhos. Amo PAPAI! Amo MAMÃE. Ah, ainda tem os amigos, o PICOTO, o racha com os caras, a sinuca com Hercules e Janio, o deitar no sofá da sala para ver DVDs, o jogo do MENGÃO na padaria. Bom, de volta a João Pessoa, estarei mais empolgado com a vida, menos triste, mais sorridente, menos carrancudo, mais solto. Vou estar mais prático e ativo. Menos morgado e isolado. Vou pedalar mais, ver mais filmes, ir mais à praia. Vou adiar menos as coisas,
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Como a postagem acabou não acontecendo, consequentemente, a réplica sobre as previsões acabou não vindo também, mas dou uma colherzinha de chá a quem queira saber. Como já disse, estive renovado na volta a Jampa, mas o fôlego revigorante do Ceará não durou mais que alguns passos depois da porta do apê. Abracei Karaka pouco menos que 759 vezes por dia, e, progressivamente, sinto mais falta dos abraços que não dividi com ela. Perturbei Benigna e ri muito com ela. Acabei nem brigando com Juliana - certas coisas mudam com o tempo e com as circunstâncias. E revi meus velhos, abracei-os, e, inclusive, perdi um FLAxflu para ficar mais um dia com eles. Revi quase todos os amigos. Infelizmente, não fui ao PICOTO - é a segunda vez seguida que vou ao Ceará e não subo o PICOTO. Rachei com os caras - e fiz 6 gols. Joguei sinuca com Hercules e Janio - e perdi quase todas. Não deitei no sofá para ver DVDs porque não tem mais sofá na sala da tevê. Vi, lá da padaria, o MENGÃO fazer 4 a 0 no Inter. E voltei a Jampa. Do resto, melhor não falar, por enquanto.

Aí, na volta, ainda no ônibus, reencontrei uma velha amiga dos tempos de CEFET...

(pausa na postagem, para algo indizível nesta e em qualquer postagem)
(retomando...)

...conversamos longamente sobre amores do passado, do presente, do futuro, sobre planos, acertos e desacertos, e, para variar, não soube bem como explicar para ela o tumulto interno pelo qual estou passando. Mas, como conseguiria explicá-la, se nem a mim mesmo consigo fazer uma descrição razoável do que está acontecendo? Depois que ela desceu do ônibus, a viagem foi um inferno: dor de cabeça, muita febre, calafrios. Até que me vi de volta a Jampa.

Bom, de lá para cá, me vi rodeado das mazelas de sempre: ainda tive febre e dor de cabeça, as dores nas costas voltaram e ficaram por alguns dias, as saudades de casa, as aulas chatas de Teoria da Comunicação e Teoria do Jornalismo. Mas, graças, motivos bons também para estar de volta: meu canto, meu quarto (sim, o quarto 1, do apartamento 401, do prédio Novo Horizonte, em João Pessoa, já é meu canto), meus novos amigos, 3 notas boas, dispensa de Língua Inglesa e as tais borboletas a quem implorei que rodopiassem. Enfim, como já dito por aí, aos quatro cantos, em papéis (esse acento ainda existe? droga!) a caneta, em livros e blogs, o mundo não tem que parar, nem vai, para eu juntar quaisquer cacos meus, ou me reeguer de algumas quedas, ou escalar até a borda do buraco. Vida que segue. Vamos em frente!

Como tem sido, já há algum tempo, eu preciso é me reorganizar. Preciso arrumar meu quarto e dar lugar às coisas dentro dele. E dentro de mim. Preciso me concentrar nos estudos - mesmo que isso tenha significado, na última terça, sentar quase no colo da professora de Teoria da Comunicação para, pela primeira vez no semestre, entender a droga de uma aula sobre semiologia. Preciso lavar roupas. Preciso jogar papéis fora, acertar detalhes, rever conceitos. Continuo tendo que me isolar um pouco, vez ou outra, e espero que os próximos a mim entendam essa minha necessidade - não é distanciamento das pessoas que gosto; é tentativa de aproximação de mim. Preciso redistribuir os arquivos do meu hd e abraçar a solidão sempre que ela for bem vinda; eu preciso é fazê-la bem vinda. Preciso conseguir um tema pra minha prova de Fotojornalismo e acertar 5 cliques. Preciso fazer meus fichamentos, estudar minhas provas, tirar boas notas; afinal, para que droga em vim para essa cidade? Preciso pedir desculpas a uma amiga por, ainda, não ter trazido de volta o Cadu de quem ela parece sentir falta. Preciso cuidar para não machucar nem ser machucado. Preciso gritar MEEENGOOO com mais força. Preciso voltar o quanto antes do lugar para onde eu me deixei ir sem querer ir, seja lá onde isso for. E, de repente, tendo feito isso tudo, talvez as dores de cabeça não voltem, talvez eu sorria mais fácil, talvez eu me sinta mais à vontade. A lista é grande. Mas, um pouquinho menor que eu.

É. A postagem pareceu algo como que iniciado por "meu querido diário" (risos). Mas, eu estava precisando usar essa postagem como um recado de mim para mim mesmo. E, por ora, acho que fica valendo o já dito. E, só para encerrar, vale tentar dizer algo sobre o título e a imagem superior dessa postagem. O candidato a paliativo de hoje - tanto para a dor de cabeça, quanto pro tufão dentro de mim - era uma jogatina de baralho na mesa da sala do meu apartamento. Mas, os caras não subiram para jogar "mau-mau" (risos).