terça-feira, 16 de junho de 2009

"Cadê você, Cadu?"

.....À pergunta de uma amiga, hoje, na facul - "Cadê você, Cadu? Eu nunca mais lhe vi." - eu só consegui resmungar um "Eu tô me procurando. Vou me encontrar". Caraca, velho! Eu tô ali na faculdade todos os dias. Então, cadê o Cadu que tirava onda, que mobilizava a galera para sair, que tinha umas tiradas engraçadas no meio da conversa e outras nada a ver? Po***, cadê o Cadu que tomava a iniciativa de colocar em prática as boas ideias que tinha? Agora, parece que só resta o Cadu calado, quieto num canto da sala. E, honestamente, eu não curto muito esse morgadão. Mas, são as sequelas (agora, de vez, sem trema) de dias desleais. Então, alguns Cadus vão continuar coexistindo por uns tempos, até que eu consiga sanar qualquer marca das horas ruins.
.....Bom, em algumas postagens, já mencionei esse meu atual estado de apatia. E não consegui dizer quase nada, porque não sei, mesmo, o que e como dizer. Sem contar o sem-número de vezes em que sentei na frente do computador, tentei falar de uma minha inconstância, e não consegui. Então, não vou tentar mais desta vez. O fato é que estou indo para casa em três dias e ficarei por lá durante uma semana. Estar perto das minhas raízes talvez me ice desse calabouço existencial. Espero voltar renovado de lá.
.....Não. E o pior é que, vindo da faculdade, fui dar uma olhada nuns livros - na esperança de encontrar um bom título com que presentar PAPAI - e me deparei com "Quem me roubou de mim?", de (Pe) Fábio de Melo. Putz! Devo ler esse livro? Será que ele me daria as pistas de onde foi parar o Cadu sobre quem minha amiga perguntou hoje? Não está sendo nada legal ser aquela amebinha no canto da sala. E eu já nem quero saber por que fiquei assim. Quero é deixar de estar. E poder mostrar pra minha amiga o Cadu de (quase) sempre. Que assim seja. E que seja logo. Os dias estão acizentados, mas, como diz MAMÃE, "de hora em hora a coisa melhora". DEUS te ouça, MAMÃE... DEUS te ouça...

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem nunca se perdeu de si mesmo? Quem não teve a necessidade de se achar para continuar? O mais interessante é continuar o que? Se a descontinuidade da vida por horas nós faz perder as horas ... os dias ... e acabamos nós perdendo de nós mesmos. Pois é, como seria bom se fosse a força das capas dos livros, ou o que está entre elas, o caminho único e absoluto do encontro de nós com nós mesmos. É absolutamente absurdo, que nossos desencontros se tornem livros, mas maravilhosamente capazes de fazer com que outros se encontre em si mesmo lendo os desencontros dos escritores. De hora em hora a coisa melhora, de página em página chegamos atravessamos as capas. E quem sabe nós nos encontramos. Bjos!

Cadu Vieira disse...

"Anônimo 1", hamos de nos encontrarmos...