quinta-feira, 21 de maio de 2009

As portas do amor

As portas, na verdade, são portões abertos,
esperando serem fechados, com você do lado de cá.
É, complicamos: meu sorriso, meu olhar, minha mão,
minhas palavras - tudo tão teu.

Já fiquei perdido e quis eu sumir da tua vida,
deixar de estar inteiro e de cravar o passado em você.
Porque a gente merece o presente, não o que já foi.

E os nossos abraços, que não foram tantos, estão nas fotos
que máquina nenhuma revela: retina, epiderme, coração.
Eu queria que tivessem me alertado pros jogos de amor,
mas acho que isso teria tirado um pouco da graça.

Eu merecia que nossos tempos houvessem se cruzado
mais uma vez apenas, num único instante que fosse.
Eu percebia tua sombra a cada aproximação tua,
e só compliquei por não saber como amar tanto.

E esse tempo passando por cima da gente
me faz querer esquecer tudo ou guardar no bolso
o que já passou e não volta mais. Porque eu só
quero você perto. Dizer e ouvir palavras de amor.

E não vai adiantar você me colocar numa gaveta
que só vai abrir quando quiser, pra sorrir pro passado.
Eu vou estar mais presente ainda, e vou olhar pra você
do melhor ângulo possível. É amor, não tem jeito.

Amores que vêm... Amores que vão...
...que vão ficar sempre latejando!
As certezas nos vem fáceis demais, e só nos resta
acreditar ou duvidar de um amor tão real.

Nenhum comentário: