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.....Time medíocre. Na acepção direta da palavra, "medíocre" quer dizer "na média". Mas, no boca-a-boca, deu-se um tom pejorativo ao termo. E é com esse tom pejorativo que se pode usá-la para descrever o futebol apresentado pelo FLAMENGO, hoje, contra o Avaí, no Maraca. Foi medíocre.
.....Os números: por volta de 20 mil torcedores no Maraca, 1 ponto conquistado em 6 disputados, trocentos gols perdidos e quase 300 minutos sem fazer um gol sequer. Junte-se nossos atacantes e meias ofensivos - Emerson, Josiel, Obina, Maxi, Zé Roberto, Everton, Erick Flores - e tudo o que ganhamos, de fato, são cânceres, são enfizemas, são taquicardias que arrebentam tudo, são veias prestes a estourar nos gritos incrédulos quando vemos essa "mulambada" perder gols incríveis. Isso é FLAMENGO, porra! Honra essa camisa... Joga bola!
.....Não parecendo bastante a escassez de gols, hoje especificamente, o time foi inoperante. Sem troca de passes eficiente, frouxo na marcação, sem garra, sem fibra, sem vontade de ganhar - e isso é inadmissível no FLAMENGO. Quem vestir o MANTO SAGRADO pode até ser uma perfeita ameba com a bola no pé e ser aplaudido, ovacionado, desde que tenha sangue no olho e sue a camisa. Preserve-se Bruno e suas defesas improváveis, Willians e seus pulmões mágicos, Ibson com sua categoria, Angelim e sua entrega em campo, e alguns outros poucos, por qualidades necessárias: Airton, Juan, Everton Silva, Léo Moura. Quem não quiser jogar como a torcida quer ver jogando, tem que sair, vazar, sumir. Chega de só jogar, só crescer em jogos decisivos, em finais. No FLAMENGO, todo jogo é final. Não dá para tirar o pé duma dividida, ou não aprumá-lo na hora de enfiar a bola no gol com goleiro e tudo. Isso aí é FLAMENGO e é maior que qualquer jogador.
.....Hoje empatamos com um time fraco, na nossa casa. Amanhã podemos estar perdendo para times fracos, seja onde for. O Avaí veio declaradamente para tentar arrancar o empate e se postou lá atrás, mais torcendo do que jogando para não perder. Nem assim Cuca - medroso! - colocou nosso MENGO para encurralar o adversário. Tá na hora de deixar de ser covarde, de jogar atrás, de escalar meio time de volantes e ir pra cima, e apertar, pressionar, esmagar. Daqui a quatro dias enfrentaremos, de novo, o melhor time do Brasil, contra quem fizemos a nossa melhor partida do ano. Mas, honestamente, se fizermos lá o que fizemos hoje, adeus semifinais da Copa do Brasil, e, infelizmente, talvez contemos quase 390 minutos sem estufar as redes adversárias...