terça-feira, 3 de abril de 2012

Amor, despedida, saudades e números...

As datas marcavam o que não havia mais para esperar. "9.dez" estava destacado em vermelho no calendário que eu tinha posto na cabeceira da cama. Os dias 29 e 30 estavam riscados na sua agenda. Eu no canto sul da minha cidade, do meu estado. Você a quilômetros e saudades de distância. "9.dez". Dias 29 e 30. Eram os últimos segundos do dia 9 de dezembro. O relógio estava acelerado e você tinha que ir embora, mas ainda esperava que eu aparecesse. Seu avião às 9h10. O ponteiro girando: 29, 30 segundos antes da decolagem. E eu não cheguei. O carro pifava a 30, 29km/h. O dia 9, então, ficou para trás. E chegou o final do ano. Os dias 29 e 30 seriam os mais terríveis. Tudo porque 9 ou 10 cartas estavam engavetadas na sua casa. E 29 ou 30 dias podiam se transformar em 29 ou 30 anos.

2 comentários:

Mary Montoni disse...

Muito lindo este poema!!!!!!! Se for uma história veridica então, ... muito bem feito o jogo d epalavras! Adorei o blog todoo, to seguindooooo... Beijoos

Cadu Vieira disse...

Oi, Mary!

Que bom que você gostou do meu escrito que você chamou de poema. Poeta é uma alcunha muito forte para eu usar (sorriso). Quanto à vericidade do escrito, não vai perder em "simpatia" se eu disser que é tudo real, né? foi uma bela história de amor que eu (não) vivi...

Seja bem vinda. Sinta-se à vontade na nossa (minha, sua e de quem quiser) casa...

Beijo! Abraço! Bons dias!

Cadu.