terça-feira, 3 de maio de 2011

Você é tão bonita

Eu sempre tentei enxergar o vento,
e descobrir que cores ele podia assumir.
Mas eram os seus cabelos se espalhando
que deixava tudo mais bonito.
Como no dia em que você não me viu
e eu só fiquei te olhando de longe.
Você parecia distraída, meio distante,
e seus cabelos ainda molhados balançavam...

Era tão bonito!
E você é tão bonita!
Então, não precisa me dizer como você consegue,
mas me deixe admirar mais um pouco a sua beleza.

Você parece ser a primeira menina que eu amei,
e eu ainda era apenas um garotinho de 13 anos.
Eu não sabia o que preferir num final de tarde:
se andar de bicicleta ou correr pelas calçadas.
Mas eu acho que já queria você pro resto da vida.
Porque tudo em você era tão bonito, tão suave;
e ainda é assim cada vez que eu fecho os olhos.

É tão bonito!
A vida é tão finita!
Então, não precisa me dizer como ela consegue,
mas me faça entender só um pouco a sua leveza.

Quando eu sentir saudade, por favor, entenda:
você não precisa querer voltar atrás também.
O tempo passou pela nossa janela e talvez, agora,
seja hora de ele pisar com mais força em mim.
Aqui dentro ainda existe o menino de 13 anos,
mas há também um cara de cavanhaque mal definido,
que chora e soluça na frente de um computador,
e que ainda tenta enxergar o vento,
tentando descobrir que cores ele pode assumir.

Deve ser bonito!
E você é tão bonita!
Então, não precisa me dizer como você consegue,
mas me deixe inspirar mais um pouco da sua leveza.

O nosso encontro não pode ter sido um desperdício,
nem a vida um emaranhado de tantas armadilhas,
nem o tempo um carrasco dos nossos belos sonhos.
Você, agora, passou a ter dois encontros:
com um cara de cavanhaque melhor definido,
em algum lugar do presente ou do futuro;
e com o menino de 13 anos, naquela mesma pracinha.
Os dois ansiosos por dizer que...
...que você é tão bonita!

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