Quando da primeira aurora eu surgi,
crepusculei o seio maternal
da melhor mulher, num sopro mortal.
Por que, minha mãe amada, partir?
Não entendo ainda o porquê da fuga,
porque sozinho me deixaste aqui,
neste mundo que ‘inda não conheci
e que, mesmo assim, minha vida ofusca.
Penso em ti sempre, sem tua face ver.
Nas noites choro por me achar sozinho.
Indago a Deus por quê, o que eu fiz,
para merecer o pão sem o vinho,
e ter que, sem minha mãe, ser feliz.
Sinto que sem ela não há viver.
2 comentários:
Eu já devo ter comentado esse texto em outra ocasião, não foi? Com certeza você não lembra, mas... É impressionante como você é tão bom com as palavras e com os sentimentos, e com a junção deles, que mesmo utilizando palavras não corriqueiras e o uso correto da conjugação verbal, mesmo assim a combinação sentimento/palavras fica singular... E eu fico assim, com vontade de reler, reler, e reler...
Sou sua fã!
Beijo!
P.S Nesse tipo de texto você fica mais parecido com o que as pessoas costumam chamar de Poeta. Mas eu gosto mais ainda do menino que faz escritos.
Bom, eu lembrava que você já tinha comentado sobre esse escrito; só não lembro o que comentou...
E imagino que se deva a isso que você citou no PS o fato de eu não ter escrito outros sonetos (sorriso)...
Beijo! Bons dias!
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