Fortaleza 0 x 3 FLAMENGO - e que venha o Inter...

2007: FLAMENGO campeão carioca num domingo, contra o Botafogo, e eliminado da Libertadores, na quarta-feira seguinte, pelo Defensores-URU. 2008: FLAMENGO bicampeão carioca num domingo, contra o Botafogo, e eliminado da Libertadores, na quarta-feira seguinte, pelo América-MÉX. 2009: FLAMENGO tricampeão carioca no último domingo, contra o Botafogo, e fazendo mais um jogo decisivo na quarta-feira seguinte...

Parecia a reedição de um drama recente, a não ser por alguns detalhes. Em 2007, depois de termos sido campeões contra o Botafogo, enfrentamos um bom time, precisando vencê-lo por 3 gols de diferença; jogamos bem num Maraca lotado, fizemos 2 a 0 e fomos eliminados. Em 2008, depois de termos sido bicampeões contra o Botafogo, enfrentamos um time razoável, que só nos eliminaria se nos vencesse por improváveis 3 gols de diferença; conseguiram um 3 a 0 e nos eliminaram dentro de um Maraca lotado. Dessa vez, depois de termos sido tricampeões contra o Botafogo, o nosso adversário era fraco, o campeonato é a Copa do Brasil, e qualquer empate com gols ou qualquer vitória nos daria a classificação; resultado: Fortaleza 0 x 3 FLAMENGO.

Eu confesso que estava receoso para esse jogo e o meu palpite de resultado era até modesto: 2 a 2. Eu tinha medo da euforia do recente título de PENTA-TRI ainda estar na cabeça dos jogadores e medo da ressaca da comemoração. O nosso Capita já nos tinha abandonado. Sem contar que o Fortaleza costuma ser um time bem chato quando jogando em casa. E, principalmente, está-se tratando de futebol - esse texto de enredo mutável.

Antes do jogo, homenagem merecida ao "Mago de Aço", como é conhecido nosso grande Angelim em meio à torcida do Fortaleza. E começa o jogo numa morosidade agoniante e num nível técnico tão baixo quanto o barulho dos passos das baratas que nem passeavam aqui no apartamento. Para se ter uma ideia, assisti ao jogo deitado - fato raríssimo. E só não cochilei porque, francamente, dada a minha paixão, isso é impraticável (sorriso).

Termina o fatídico primeiro tempo, e o 0 a 0 persiste no placar, ainda nos classificando, mas não tranquilizando. Vem o segundo tempo e eis que a postura do time é outra. Logo sai o primeiro gol: Kléberson, o Penta, numa jogada bem trabalhada - prática pouco usada no MENGO de ultimamente. Depois vem o segundo: com Juan, depois de cobrar penalti sofrido por ele próprio - o jogador que mais sofre penaltis no futebol brasileiro. E, por último, para fechar: Emerson, de cabeça, completando uma boa cobrança de escanteio de Ibson - esta, outra prática pouco comum do FLA de hoje em dia. 3 a 0: placar inquestionável, futebol triste no primeiro tempo, melhor elaborado no segundo.

Agora, teremos o Internacional pela frente; um time considerado pela maioria como o melhor da atualidade no futebol brasileiro. Mas que venha o Inter. Eu sou mais FLAMENGO. Eu sempre sou mais FLAMENGO.

Ah, quanto à escrita de eliminação pósconquista do título carioca... Supersticiosos são os outros (risos)...